Brasil, 2020 - A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) e a Articulação para o Monitoramento dos Direitos Humanos no Brasil (AMDH) entraram com ação conjunta para para expressar preocupação com as práticas Operação Lava Jato. A declaração ocorreu nesta segunda-feira (13), durante o Diálogo Interativo com o Relator Especial para a Independência de Juízes e Advogados das Nações Unidas, durante o 44º período de sessões do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
O pronunciamento fez referência às denúncias veiculadas pela Agência Pública de Jornalismo Investigativo, que apontaram que a condução das operações foi além do que está previsto na lei brasileira.
"Esta ação conjunta possibilitou também esclarecer para o relator especial da ONU as implicações ocorridas por meio da instalação da operação Lava-Jato que se colocou como uma operação de combate à corrupção, mas teve fins políticos, de perseguição política, que não correspondiam a este objetivo. Esta intervenção reafirma o nosso compromisso no combate à corrupção ressaltando que o bom combate precisa ser realizado em conformidade com os princípios constitucionais do estado democrático de direito”, afirma Euzamara Carvalho, membro da Secretaria de Relações Internacionais e da Executiva da ABJD.